sábado, 7 de agosto de 2010

AVC


Ainda sou eu quem te revigora?
É em mim que pensa quando está inteiramente só?
É claro, as coisas procedem normalmente.
Então pense no que fez
E em como tudo está se afundando.
Você teria a coragem de perceber o erro?
Às vezes, calo por me render
Tão exausta dessa luta desnecessária
Por continuar sendo essa criatura inútil que nem eu conheço
Que ainda permanece estagnada, com medo de perder a condução.
E, depois de todo o sangue derramado, da incerteza revelada
Apagar a mim mesma para começar tudo outra vez.
É a completa redenção!
Agora não há mais sangue, nem dúvidas
Cheguei fundo o bastante pra te desarmar.
Olhe mais perto,
Percebeu onde o choque se instala?
Não espere por um amanhã para dizer que ama
E querer tentar novamente
Já é tarde demais?
Afinal, depois de todo esse tempo o perdão pode não ser preciso;
A presença não ser esperada;
A carta não ser lida;
E o amor se tornar inútil.
Não espere por um amanhã para dizer que ama
E querer tentar novamente
É tarde demais!
E aconteça o que acontecer,
Hoje isso termina.

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