sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Votos de Ano Novo



Não há muito que comemorar hoje,  

Histórias foram apagadas antes de serem escritas,
Erros foram perdoados antes de serem cometidos.
E ainda assim hoje é o dia em que a espera acaba.
Só mais algumas horas até o renascimento chegar.
Mas não é o fim, certo?
Não é definitivo.
Nós sobrevivemos a tudo desde o início.
Leia uma frase de cada vez e veja o quão pessoal isso pode ser.
Afinal, não é tão comum contemplar o vôo dos urubus.
Ou manter um ciclo de abraços e despedidas intermináveis.
Nunca houve tanta confiança depositada,
Nem foram poucos os momentos de aprendizagem e conquistas.
Mas assim como o antigo ano você também se vai.
Serão novas experiências, novos testes.
Definitivamente uma nova vida.
Ah, o que é isso em meus olhos?!
Orgulho, saudade, expectativa, esperança
Tudo condensado e com o gostinho do café que você tanto gosta.
O que eu desejo nesse novo ano?
O universo ainda não conquistado.
 A conclusão do inacabado,
Tudo o que não foi, mas poderia ter sido
E antes que anoiteça e seja tarde demais
Quero ouvir soar o timbre da voz ainda imune ao sotaque espanhol.
Sei que parecem palavras incompletas e ilógicas, mas eu aprendi a não tentar entender, lembra?
Por isso não direi adeus ou até breve
Porque nem quero me despedir para não parecer algo que não é: Definitivo!



*Texto dedicado a Elizabeth Campbell

Último Selo de 2010

E mais um ano vai embora, mais promessas são feitas, as antigas - se cumpridas - são renovadas.

E nesse clima de renovação eu tenho a honra de receber o último selo de 2010 do incrível Busílis, um maravilhoso recanto das sábias palavras. É repassá-lo aos melhores blogs que costumo visitar.

Obrigada Kênnia!

E os melhores de 2010 são:


Aquilo que vem do escuro; Bleeding Love;


 ultravioletdays; .palavras.insólitas.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Enjoy the Silence


Perdão,
Não há nada compreensível a se dizer,
Não há como explicar a ausência da razão.
As horas passam e as folhas continuam em branco;
A metalinguagem aponta para o leste e a covardia é posta à mesa.
E não há mais nada que eu possa fazer.
Desculpe, mas hoje deixei o lirismo na primeira esquina que encontrei.

Selo

Em primeiro lugar minhas desculpas sinceras pela ausência.
Passei um bom tempo sem internet.
Enfim, o fato é que recebi esse presente da Kênnia Méleus - que escreve muito bem por sinal - e fiquei contente. Não simplesmente pelo selo, mas por saber que as minhas palavras têm ressoado.
E isso não tem preço.

Então vamos lá:
As regras do selo são:
1) Falar dez coisas sobre mim;
2) Indicar dez blogs ao selo;
3) Avisar os blogs que receberam o selo.


Sinto dizer, mas não vou falar sobre mim hoje. =X [O próximo post explica]
Os indicados também não serão dez, só a quantidade que acho necessária no momento.
Obrigada Kênnia mais uma vez!


É isso.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Amor em sete cores

Leila ardia. Não conseguia mais fazer qualquer coisa que fosse. Dedicava seus dias à uma adoração cega de uma paixão cruel e desmedida. A mãe já não sabia o que fazer. Os castigos já não funcionavam. Tampouco as severas surras aplicadas pelo pai. Mas Leila ainda ardia. As amigas passaram a ignorá-la. O pai levava e trazia a menina do colégio para casa, único passeio permitido a ela naqueles tempos. Mas a gaiola construída pelos pais não a prendia. E Leila ardia. No prédio já era mal falada. Na escola ninguém a cumprimentava. A madre superiora chamou-lhe para um sermão e pouco adiantava. Ainda Leila ardia. Em um descuido dos pais, um jantar de bodas, a casa vazia, as portas trancadas, propostas indecentes sussurradas nas janelas. Um leve descuido e Leila fugiu. A família, se reputação ainda tinha, não mais se refez. O pai acusou a mãe. A mãe cumpriu sentença: barbitúricos. O viúvo não vivia, de desgosto perecia. E em algum canto do mundo, com sua jovem namorada, Leila em amor ardia.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Poesia [Mal]feita*

Rabisco algumas cartas,
E ponho frases sem vida.
Mas nada me faz esquecer
A maldita palavra mal dita.


*Uma tentativa (ainda que frustrada) de escrever um poema miúdo, como os da Ana – que, aliás, é uma exímia escritora na arte dos versos curtos e significados das palavras. Espero que ela perdoe minha audácia, mas é que há tempos eu procurava o encaixe dessas palavras.
E esse definitivamente me pareceu ser o momento correto.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Selos


A Natalia Carrusca, do intrigante e surpreendente ultravioletdays; recheado de pontos de vista peculiares e muita (eu disse muita!) criatividade, me presenteou com essa gama de selos. Obrigada Natália, não sabe a honra que é recebê-los de alguém que foi conquistando espaço com tanta desenvoltura.
Os selos:
Blog digno de ser lido e Escritores virtuais, dados aos melhores blogs cujo foco é a escrita. (Blogs de poesias, crônicas, textos, frases...)

Este selo é indicado a blogs que a pessoa gosta de frequentar:




E o Selo de qualidade que tem por regra enumerar dez coisas sobre o premiado eu e indicar mais dez blogs.


Então vamos lá: (notinha: comentários indispensáveis)
1. Amor incondicional dedicado à Marisa Monte. (Que a Amy Lee ou a Maysa não vejam!)
2. Sou fria, literalmente. (Além da frustração nos relacionamentos, sou quase um cadáver ambulante)
3. Super perfeccionista (ao ponto de arrumar roupas por tonalidade)
4. Quase nunca assisto TV.
5. Prefiro chuva à sol (acho que pelo meu jeito “frio” de ser)
6. Tenho um carma com o número 3 (e todas as suas variações: 13, 33, 333, e por aí vai)
7. Amo estudar ( menos geografia = matéria inútil --‘)
8. Não durmo antes da 01h00min (lendo, escrevendo ou até mesmo estudado)
9. Já tive um amigo imaginário (Fred )
10. Amo seriados *-* (Lie to Me, Bones, Criminal Minds, CSI, Boardwalk Empire […] )
E os indicados são:

Aquilo que vem do escuro, da Pâm (Incontestavelmente extraordinário)
Poemas Miúdos, da Ana Beatriz ( apesar de miúdos são os que mais me encantam)
Razão pra viver..., da A.B.Ferreira (citações e singularidades... Justa medida!)
Amar-te-ei até ao tédio!, da Lia Araújo (Devo confessar que é o mais freqüentado)
Eternizado!, do Jenuíno
Ideias Empoeiradas, da Natália
O Avesso do Verso, da Ailza Trazano
Aproveite o Silêncio, do Wiliam Jose Koester
A Misteriosa Caixa, da Aline D’eça
Diários de Bardo, do Siqueira

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Tributo ao Três


Carma adquirido há exatos três anos,
Entre o cair dos raios e o sangrar das borboletas.
Triunfando sobre a genética e suas trincas de bases.
Embora o próprio DNA se resuma a três letras.
Talvez seja um câncer na história,
Muito mais que um discurso trilateral.
Dos triunviratos de Roma às tríplices contemporâneas;
Que venha a Terceira Guerra Mundial.
Anarquia na sua forma mais pura?
Não, apenas a exatidão do conceito,
Triângulos e triedros precisos,
Trinômio quadrado perfeito.
Ciências naturais, humanas e exatas:
Mistura trifásica, talvez até tricolor.
Diferentemente da Santíssima Trindade,
Onde se vende três por um sem o menos torpor.
Uma trilogia de significados,
Mais poderosos que Poseidon e seu tridente,
Mais concretos que o misticismo e seu efeito,
E melhor que o triplo da força aparente.
Os números dominam o mundo,
Com seu seletivo poder de veto;
Porque ninguém vive o bastante
Para ver crescer um trineto.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A menina do fim da rua


Já faz muito tempo desde o dia em que a vi pela última vez. Ela estava sentada num banco com as mãos abraçadas aos joelhos, sua cabeça baixa escondia os belos olhos azuis. “Branca de Neve” é como a chamavam, já que sua pele pálida se condensava ao típico inverno alemão.
Mas o que me intrigava naquela garotinha era mais do que sua cor, seja dos olhos, cabelos, ou pele. Ela era estranhamente incomum: repetia sempre os mesmos gestos e contava os próprios passos, numa tentativa de burlar a ansiedade, talvez. Mas pelo que ela estava esperando? Ou, por quem?
Todas as outras crianças brincavam enquanto ela permanecia lá: sentada no banco com as mãos abraçadas aos joelhos. Os dias passaram, o inverno acabou e a Branca de Neve se manteve fiel ao seu ciclo de expectativa. Até que em uma tarde, dessas sem cor, eu me atrevi a falar com ela.
Monossílabas, foi tudo o que eu consegui arrancar da menininha, exceto por uma frase. Aquela foi a única vez que a encarei de verdade. Não havia brilho em seus olhos, nem pureza na sua voz. Talvez fosse só indiferença, mas suas palavras soaram como se acabassem de abandonar a vida:
“Órfã?! Sou sim, só que de pais vivos”.
E depois daquele dia nunca mais voltei a vê-la.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Monólogos Cinzas


- Vamos Manter A Sanidade, Certo?
- Mesmo Andando Sobre Cinzas?!
- Andando Sobre Cinzas?
- Sim, Cinzas!
...
...
...
[Cinzas]

domingo, 28 de novembro de 2010

Ice Queen



O abismo cresceu e ela nem se deu conta,

As horas passaram e nada conseguiu comover aquele olhar.

Ela me esqueceu a muito tempo,

Eu vi, nem sequer chorou minha ausência.

Mas e se eu sangrasse, ela se importaria?

Porque toda vez que eu fecho meus olhos para vê-la sorrir,

Seu semblante está mudo.

E quando eu deixo as luzes acesas,

Ela simplesmente ignora o meu medo do escuro.

Será que ela não percebe que está faltando alguma coisa?

Que nosso mundo está em ruínas?

É, o jogo acabou.

E dessa vez eu quem perdi,

Apostei nas mentiras sinceras enquanto ela negava o passado.

Talvez seja difícil para ela encarar o que sente.

Mas quem lhe dirá que apagar não significa esquecer?

Deixe-a fingir, esconder, enganar.

Ela pode até acabar comigo se isso a faz se sentir bem,

E me odiar se isso a mantém viva.

Mas quando me perguntarem sobre ela,

Eu não hesitarei em dizer:

Claro, ela tem coração... Só não bate!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Cat and Mouse

Fizemos planos de envelhecer

Acredite em mim, havia verdade em todas as histórias que eu contei
Perdidos em um simples jogo de gato e rato
Somos as mesmas pessoas de antes disso vir a luz?



[Cat and Mouse - The Red Jumpsuit Apparatus]

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Desafio do 7

Minhas desculpas sinceras,
Estive na correria por conta dos vestibulares da vida,
[Mil perdões]
Mas enfim, recebi o desafio do 7 da Pâm [Aquilo que vem do escuro] e é com muita honra que venho divulgá-lo; Let's Go!

7 Coisas que tenho que fazer antes de morrer:
Cursar medicina/cardiologia
Aprender a assobiar (Acreditem,eu não sei)
Viajar sem destino pelo mundo
Conhecer a Amy Lee do Evanescence
Saber demonstrar sentimentos
Aperfeiçoar meu senso geográfico
Fazer solos de guitarra
7 Coisas que mais digo:
Se cuida!
Moço (a)
Oxii
Ah tá, valeu!
Hã?
Seeei... Seeei...
Certo!

7 Coisas que faço bem:
Drama
Silêncio
Tocar violão
Escrever
Esquecer nomes
Boa ouvinte x)
Qualquer coisa relacionada a química *-*
7 Defeitos meus:
Impotência verbal
Indiferença
Pessimismo
Perfeccionismo
Frieza
Mal Humor
Sarcasmo

7 Coisas que eu amo:
Música
Livros
Escrever
Anéis
Livros de novo ..rs
Séries de TV
Filmes de Terror

7 Qualidades:
Organizada
Decidida (pra algumas coisas apenas)
Responsável
Metódica
Concentrada
Racional (mas em excesso complica tudo)
Cética (se é que isso é qualidade)
7 Pessoas pra fazer o jogo dos sete:
Lia Araújo (Amar-te-ei até ao tédio!)
Siqueira (Diários de Bardo)
Ailza Trajano (O Avesso do Verso)
Bruninha T, (Who knows?)
Marina Sena (.palavras.insólitas.)
Rafael Jenuino (Eternizado!)
Maiara Alves (Idiossincrasia Cinza)

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Lágrimas da Fênix


Sejamos sinceros,
Nada de sentimentalismo exacerbado ou discursos recorrentes sobre a inevitável despedida. Nós somos mais do que palavras, somos mais do que a perda, do que a dor e do que o medo.
Nós... somos pássaros.
Aprendemos a enfrentar os problemas de cabeça erguida, a abrir as asas sobre o horizonte desconhecido, a encarar e resistir, mesmo que isso exija sacrifício.
Porque mais do que pássaros, nós... somos fênix.
Renascemos das cinzas todos os dias. A cada olhar de agradecimento, sob o calor dos perdões e palavras ditas. É só deixar as memórias fluírem nostalgicamente para perceber que o ciclo ainda continua. Atravessamos céus tempestuosos, consertamos asas quebradas, sobrevivemos às chamas, provamos a todos nossa capacidade, compartilhamos histórias de vida, compreendemos a diferença e sua inevitável necessidade.
Crescemos juntos, aprendemos juntos, erramos juntos. E, hoje, sobre joelhos machucados fechamos mais um ciclo de nossas vidas.
Finalmente estamos prontos para voar e abrir caminhos, prontos para uma nova jornada, cheia de obstáculos e expectativas. Mas estamos sozinhos dessa vez.
Afinal, não somos pássaros comuns; daqueles que migram em bandos no inverno e ressurgem unidos na primavera. Não há mais estações para nós. Estamos por conta própria.
Um dia, nos daremos conta da necessidade de partir, ganhar novos rumos. E quando esse dia chegar – o que assustadoramente aconteceu mais rápido do que o esperado – as coisas que cultivamos serão as primeiras a nos deixar.
E é por isso, talvez, que essa seja a forma mais pura de eternizar esse sentimento que nos revigora, talvez esse seja o momento de deixar uma parte de si e levar um pedaço de cada um, inclusive daqueles que abriram as asas antes de aprender a voar, nos deixando.
Saibam que todos vocês fizeram a diferença.
E as lágrimas, sorrisos, tensões, dramas... Tudo o que deixaremos para trás viverá até o fim.
Porque assim como a fênix, nós... somos imortais.
[Aos pássaros do 3°Ano B, da FJC]

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Clichês



Não pense, não controle, faça. Essas eram as palavras que Luíza repetia todos os dias em frente ao espelho, mas também eram as únicas que fugiam à sua memória quando ela avistava Fred. Aqueles ofuscantes olhos azuis, o corpo minuciosamente esculpido, os braços fortes e a barba por fazer. Sim, aquele era o Fred, o culpado por seus devaneios e noites insones. Se Luíza conseguisse ao menos lhe encarar, se pudesse esquecer seus medos, se contasse a Fred o que dizia à sua imagem refletida talvez ele finalmente fosse seu por completo. Mas Fred não a conhecia, nem sequer sabia seu nome. Luíza era linda, tinha um sorriso encantador, os olhos cor de mel eram doces e castos, e ainda assim nada lhe dava a segurança de que era boa a bastante. Um dia, soube da mudança de Fred e teve a certeza de que não haveriam mais chances. Foi até a estação na esperança de vê-lo pela última vez. O encontrou. Estava sentado ao lado da janela do terceiro vagão. As mãos de Luíza começaram a suar, ficaram geladas. Ela sabia o que tinha que fazer. Era a sua última chance. Luíza entrou desesperada no trem, mas para o descompasso do seu inválido coração, uma loira voluptuosa passeava a mão sobre as coxas do rapaz, que olhava enternecido nos olhos da sua acompanhante. Luíza - um peito que afava, um coração fragmentado – exorcizou-se do amor... Sobem os créditos, acaba o filme. O cinema é esvaziado, mas na primeira fila, oculta entre as sombras chora silenciosamente uma Luíza desesperançosa, lagrimas de mais uma menina tímida dos olhos cor de mel.

sábado, 23 de outubro de 2010

V de ...



Vingança!


          Em nome dos amores que não vingaram
E das lembranças esquecidas

Vingança!
Em nome das asas quebradas
E histórias sofridas

Sim, vingança!
A quem desistiu de lutar
E condenou duas vidas.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Impertinências



Já não sinto soar o timbre da voz,
E os devaneios que turvam as últimas memórias
Levaram os sonhos para outro endereço.
Não há mais promessas, dúvidas ou medos.
E nada é o que parece ser.
Eu sempre soube que esse dia chegaria,
Sei também que prometi tentar,
Prometi não chorar,
Mas desde que os sonhos se foram
Nada do que vivo faz sentido.
Você prometeu, lembra?
Disse que estaria comigo,
Que seria meu ponto de equilíbrio.
Era amor nos seus olhos, não?
Então, agora, eu te desafio;
A me encarar outra vez;
A olhar nos meus olhos
E dizer que não me ama.
É, isso está me matando por dentro
Mas eu, sim eu, sinto sua falta
E não sei lidar com isso.
Os olhos imponentes se perderam no silêncio,
As lágrimas secaram,
Você esqueceu.
Diga que estou errada,
Diga que isso é uma grande mentira.
E só depois me faça esquecer.
Apague as luzes
E me deixe sonhar de novo.
Só a sua voz rouca pode quebrar o silêncio.
Fique mais um pouco,
Espere eu adormecer.
E aí, então, se afaste
E me deixe só;
Mas não suma, não durma, não morra em mim.
Acorde, o sol já nasceu!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O Boteco




E o prato do dia é: Decepção;
Um pouco amarga, é verdade,
Mas é uma boa pedida
Se regada a doses de maldade.
Talvez os ébrios prefiram a tontura,
Os misantropos a solidão promocional.
E ainda que haja guerra entre os incultos,
Hoje, Decepção é meu prato principal.
Acompanhada por porções de falsidade,
A insignificância compensa a estupidez.
E por mais fartos que sejam os pedaços de sarcasmo,
Nada me faz pedir outra vez.
De sobremesa, uma tigela de ironia
E um copo quase quente de frieza.
Ponha tudo na conta,
Inclusive as doces balas de ensejo.
E quanto a gorjeta,
Terá sorte se conseguir trocar
[essas moedas de desprezo.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Olhos de Girassol

É amor,
Mais uma vez o sol ressoa em minha face
E acende os girassóis dos meus olhos verdes.
Sim, há girassóis neles; os seus girassóis.
Aqueles que você adorava ver enquanto o sol incidia.
E se encantava à medida que a aurora surgia.
Mas agora nem mesmo os raios de sol conseguem trazer de volta aquele brilho amarelo,
Nada parece impedir que os girassóis murchem.
Eu sei, é nostalgia.
Quem sabe até medo, culpa ou ressentimento.
Mas o que eu posso fazer?
Se a cada olhar os girassóis procuram você?

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Espelhos



O vento sopra e traz consigo seu nome e imagem, mas a saudade insiste em mostrar o quanto você está presente.
Você é uma parte da minha existência, agora e sempre.
O meu tão bem moldado reflexo que se mostra mais forte que eu mesma e que embora permaneça afastado continua vivendo aqui, em mim.
Acredite, todos precisamos de espelhos para lembrar de quem somos.
E eu não sou diferente.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Independência ou Morte


Dia da libertação;
Momento onde todos os demônios são vencidos,
                                        [Principalmente os meus.
Em teoria, o medo é deixado para trás
E tudo mais sobrevive
                                        [Apesar do último adeus.
Viver ou morrer?
Se simular a coragem é esconder o medo,
Se apagar da memória é admitir o erro,
E se matar a dúvida é apenas o epicentro,
É melhor viver enquanto não se morre por dentro!