Leila ardia. Não conseguia mais fazer qualquer coisa que fosse. Dedicava seus dias à uma adoração cega de uma paixão cruel e desmedida. A mãe já não sabia o que fazer. Os castigos já não funcionavam. Tampouco as severas surras aplicadas pelo pai. Mas Leila ainda ardia. As amigas passaram a ignorá-la. O pai levava e trazia a menina do colégio para casa, único passeio permitido a ela naqueles tempos. Mas a gaiola construída pelos pais não a prendia. E Leila ardia. No prédio já era mal falada. Na escola ninguém a cumprimentava. A madre superiora chamou-lhe para um sermão e pouco adiantava. Ainda Leila ardia. Em um descuido dos pais, um jantar de bodas, a casa vazia, as portas trancadas, propostas indecentes sussurradas nas janelas. Um leve descuido e Leila fugiu. A família, se reputação ainda tinha, não mais se refez. O pai acusou a mãe. A mãe cumpriu sentença: barbitúricos. O viúvo não vivia, de desgosto perecia. E em algum canto do mundo, com sua jovem namorada, Leila em amor ardia.
Caraca, lindo! Adoro finais assim, que deixam o leitor com o fôlego suspenso nas últimas linhas. E amei a ênfase dada ao fato de Leila arder, e não deixar de arder. E os barbitúricos... Enfim, post perfeito.
ResponderExcluirLindo! Você escreve muito bem mesmo, parabéns!
ResponderExcluirteu blog tá liindo dms *_*
ResponderExcluirparabéns e estou te seguindo ;]
beeijos e sucesso ;*
Selo para você no meu blog, querida.
ResponderExcluirOlá, estou passando pelos blogs os quais visito para informá-los sobre um group criado por mim, afim de aproximar os blogueiros virtuais. Vale a pena ressaltar que este group será apenas indicado aos blogs “com conteúdo”. Estórias, contos, poesias, poemas, livros, enfim, blogs literários. E você foi convidado, porém, caso conheças algum blogueiro com cujas finalidades, chame-o para este meio. ;]
ResponderExcluirArianne Carla.
Group: group1158474@groupsim.com
Ideia e participação do Thiago Siqueira ..
ResponderExcluirMais uma de nossas "Barboseiras"
,rs.