Não há muito que comemorar hoje,
Histórias foram apagadas antes de serem escritas,
Erros foram perdoados antes de serem cometidos.
E ainda assim hoje é o dia em que a espera acaba.
Só mais algumas horas até o renascimento chegar.
Mas não é o fim, certo?
Não é definitivo.
Nós sobrevivemos a tudo desde o início.
Leia uma frase de cada vez e veja o quão pessoal isso pode ser.
Afinal, não é tão comum contemplar o vôo dos urubus.
Ou manter um ciclo de abraços e despedidas intermináveis.
Nunca houve tanta confiança depositada,
Nem foram poucos os momentos de aprendizagem e conquistas.
Mas assim como o antigo ano você também se vai.
Serão novas experiências, novos testes.
Definitivamente uma nova vida.
Ah, o que é isso em meus olhos?!
Orgulho, saudade, expectativa, esperança
Tudo condensado e com o gostinho do café que você tanto gosta.
O que eu desejo nesse novo ano?
O universo ainda não conquistado.
A conclusão do inacabado,
Tudo o que não foi, mas poderia ter sido
E antes que anoiteça e seja tarde demais
Quero ouvir soar o timbre da voz ainda imune ao sotaque espanhol.
Sei que parecem palavras incompletas e ilógicas, mas eu aprendi a não tentar entender, lembra?
Por isso não direi adeus ou até breve
Porque nem quero me despedir para não parecer algo que não é: Definitivo!
*Texto dedicado a Elizabeth Campbell